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Hoje, chamamos à atenção para uma importante campanha da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) sobre a violência financeira contra as pessoas mais velhas.

Qualquer prática que visa a apropriação ilícita do património de uma pessoa idosa praticada por familiares, profissionais e instituições é considerada violência financeira. É cada vez mais frequente nas pessoas idosas, especialmente as que se encontram em situação de dependência, serem vítimas desta situação.

É considerada violência financeira «quando uma pessoa idosa assina um documento, sem que lhe expliquem o seu objetivo, quando é obrigada a alterar o testamento, a fazer uma doação ou uma procuração e ultrapassar os poderes de mandato». Em suma, as vítimas deste tipo de violência são forçadas a tomar decisões ou essas decisões são tomadas por outras entidades, familiares ou não, sem a sua autorização.

A desvalorização e falta de respeito pela pessoa idosa, o desconhecimento da lei e dos direitos, a convicção errada de que o património das pessoas idosas pertence automaticamente aos familiares [filhos, sobrinhos, netos] são algumas das causas para esta violência.

Na maioria dos casos, os idosos acabam por não fazer queixa dos praticantes por estarem numa situação de dependência e terem vergonha ou medo. Existe também uma grande falta de informação na população mais idosa que desconhece que este tipo de prática é considerada crime e que os seus autores podem ser punidos severamente. Por isso, tome as devidas precauções antes de delegar a administração dos seus bens noutra pessoa.

Por forma a não ser vítima de violência financeira, mantenha-se informado, não deixe de tomar decisões sobre os seus rendimentos e faça um esforço para continuar a administrar os seus bens. Se precisar de ajuda na gestão dos seus bens, procure apoio jurídico adequado para tomar qualquer decisão. Defenda a sua autonomia e independência para se prevenir contra qualquer tipo de abuso ou violência.

Fonte da informação e da imagem: APAV.