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13/01/16

Quando a doença de Alzheimer afeta pessoas mais novas

Comumente, sabemos que a doença de Alzheimer acomete pessoas acima dos 60 anos, em alguns casos entre os 50 e os 60 (5% a 10% dos casos) e há ainda, algumas situações mais raras da doença, abaixo dos 50 anos.

Por Simone Manzaro, Psicóloga. 
 
A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa, progressiva e, até ao momento sem cura, que traz muitos comprometimentos cognitivos, em específico à memória, e que ao longo de sua evolução torna o paciente cada vez mais dependente do auxílio de outras pessoas para executar tarefas diversas.
 
Comumente, sabemos que a doença de Alzheimer acomete pessoas acima dos 60 anos, em alguns casos entre os 50 e os 60 (5% a 10% dos casos) e há ainda, algumas situações mais raras da doença, abaixo dos 50 anos. Nestes dois últimos casos em específico, aponta-se que ocorram em famílias com diagnóstico de Alzheimer, ou seja, algum familiar ao longo do tempo teve a doença. 
 
A Organização Mundial de Saúde considera “idoso” o indivíduo com 60 anos ou mais. Logo, com essa denominação da doença e a sua idade de prevalência, acreditamos que, de certa forma, o uso do termo “idoso com Alzheimer” acaba por se tornar inviável pois existem pessoas que foram diagnosticadas de forma precoce e que ainda não são consideradas “idosas”.
 
Particularmente, comecei a rever o termo até então usado por mim, e por todos os outros profissionais, depois de perceber que alguns familiares sentiam-se profundamente incomodados e ofendidos com a denominação usada, como se fosse um nível de exclusão para com seus os entes queridos e enfermos diagnosticados precocemente.
 
Muitas vezes, adotar medidas simples como esta pode facilitar a comunicação entre profissional e familiar/cuidador e fazer com que estes não se sintam incomodados nem tão pouco excluídos.
 
É preciso, cada vez mais, aproximar a família do contexto da doença. Ela é a mediadora do processo de tratamento e é detentora dos cuidados de saúde e de promoção do bem-estar do doente.
 
Cabe-nos a nós, enquanto profissionais que trabalham diretamente com este público-alvo, criar espaços de relação, contribuindo para a mudança de alguns aspectos. Pequenos detalhes podem fazer uma grande diferença!
 
Simone de Cássia Freitas Manzaro é psicóloga, formada pela Universidade Nove de Julho, São Paulo - Brasil. Realiza atendimento psicológico de adultos e idosos. É voluntária na Associação Brasileira de Alzheimer-ABRAz. Possui experiência em estimulação cognitiva para pacientes com demências, principalmente Demência de Alzheimer; atua também com estimulação cognitiva preventiva; realiza consultoria gerontológica, orientando familiares e cuidadores, criando estratégias e atividades para lidar com o paciente no dia a dia, supervisionando treinamento prático. É membro colaborador do site Portal do Envelhecimento. Psicóloga colunista do site Portal Plena.  Email: simonemanzaro@gmail.com.
 
Fonte da imagem: GMA News.
14/01/2016. 3:16 am

Sâmira escreveu:

Cada relato sobre a doença de alzheimer e um fator novo, devido as pesquisas mundiais, com isso tenho a análise como docente do curso de formação de cuidadora de idosos uma visão ampla de conhecimentos, acrescentando a minha experiência cada vez mais ampla.

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