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A confusão é uma sensação incómoda e desconcertante que já todos experienciámos em algum momento das nossas vidas.

Quando falamos sobre aquele dia em que fizemos planos do quais já não nos lembramos mas que as pessoas insistem em que devemos recordá-los, quando um desconhecido nos assegura que o conhecemos apesar de crermos nunca o ter visto, quando vivemos um momento da nossa vida com tanta intensidade que, no dia seguinte, só o recordamos vagamente, escapando-se centenas de detalhes devido à sua carga emocional...

Não gostamos da sensação de confusão porque sentimos que não controlamos a situação a 100%. O nosso autocontrolo é o que nos leva, com maior ou menor probabilidade, a fazer algo e a sua ausência paralisa-nos e impede-nos de praticar atividades que, de outra forma, não teríamos hesitado em realizar.

O projeto Alzheimer’s Event procura exatamente provocar esta sensação de confusão nos utilizadores do Facebook. O objetivo é fazer com que as pessoas experimentem, por um instante, essa sensação de desorientação, de falta de controlo e de confusão, colocando-se desta forma no lugar dos pacientes com Alzheimer, os quais, dependendo da fase da doença em que se encontram, vivem num estado de confusão pontual ou permanente.

Como conseguem provocar esta sensação? Colocando fotos na conta de Facebook do projeto que correspondem a um evento realizado. Essas imagens são manipuladas através de Photoshop por forma a fazer aparecer nelas alguns dos seus contatos que, na verdade, não estiveram presentes no evento. Desta forma, criam nessas pessoas um momento de confusão pois veem-se identificadas na foto de um evento no qual, afinal, não estiveram presentes.

Para sensibilizar a opinião pública para a doença de Alzheimer é muito mais eficaz que as pessoas consigam colocar-se temporariamente no lugar destes pacientes do que simplesmente descrever a doença e os seus sintomas.

Se quiser saber mais sobre o projeto Azheimer’s Event pode aceder a esta ligação e, em baixo, deixamos-lhe um vídeo sobre esta interessante iniciativa e a sua fantástica montagem fotográfica. E se fosse lançado um projeto semelhante em Portugal?