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Rosa Pérez Losa, enfermeira e antropóloga. Autora do videoblog El blog de Rosa.

As pessoas que sofrem de Alzheimer registam uma diminuição gradual nas suas capacidades de comunicação. Se no início da doença conseguem comunicar com normalidade, na fase final a comunicação já não é verbal. Por isso, as manifestações de carinho, de gestos, de carícias, de beijos e de olhares têm uma importância especial na relação com os doentes.

Expressar os nossos sentimentos e carinho não implica necessariamente tratar as pessoas como crianças, mas sim utilizar uma linguagem baseada nas emoções.

A comunicação vai para além das palavras e, como tal, damos-lhe alguns conselhos para comunicar com um doente de Alzheimer:

• Quando se aproximar, apresente-se sempre. Diga-lhe o seu nome e quem é.

• Coloque-se em frente do doente e olhe-o nos olhos, mesmo que ele não esteja a olhar para si.

• Quando comunicar com ele, o espaço deve estar iluminado e não devem existir ruídos nem distrações. Desligue a televisão ou o rádio.

• Pegue-lhe na mão e acaricie-a.

• Sorria e olhe-o nos olhos.

• Olhar é a melhor forma de demonstrar que estamos atentos e que tentamos comunicar.

• Fale espaçadamente, pronunciando cada palavra de forma clara e correta. Utilize um tom amável e tranquilo.

• Aprenda a dizer as coisas de forma simples e utilize palavras curtas.

• Na medida do possível, inclua os pacientes nas conversas de família.

• O que disser e o que fizer devem coincidir. A linguagem não verbal deve ser coerente.

• Se lhe disser para fazer algo, deve esperar que o faça e só depois pedir-lhe outra coisa. As ações devem ser feitas uma por uma.

• Evite fazer perguntas que o obriguem a recordar como «onde deixaste os óculos?».

• Mantenha a calma e tenha paciência. Repita o que for necessário, quantas vezes forem necessárias.

• Não ralhe nem castigue e não levante o tom de voz. Não lhe dê ordens.

• Aproxime do doente objetos que têm um valor sentimental para ele.

• Recorra a imagens para que o paciente encontre os objetos de que não consegue recordar o nome.

• Tente comunicar através das emoções e dê-lhe todo o carinho de que seja capaz.

Para complementar estes conselhos da nossa colaboradora, deixamos-lhe dois interessantes artigos do nosso Banco de Documentação que podem auxilia-lo:

Alterações de linguagem na doença de Alzheimer

Manual do Cuidador