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02/10/12

Doentes de Parkinson com ajuda

Associação vai dar formação a familiares e profissionais que lidam com este tipo de doentes

CÉLIA DOMINGUES

Outubro de 2010

Familiares de doentes com Parkinson e Alzheimer, assim como profissionais que trabalham em instituições de solidariedade socieal e de saúde, vão em breve poder receer formação para melhor saber lidar com os portadores destas doenças. O projeto a arrancar em CAstelo Branco é inédito em Portugal e conta com apoios do Programa Comunitário Interreg. 

Criada em Maio de 2010, a ASPSI - Associação de Apoio e Estudo às Psicognosis na Raia Central, sem fins lucrativos, está no terreno para poder avançar com planos de formação junto de quem lida com este tipo de doentes, "muitos dos quais estão em casa, porque as instituições não os aceitam", explica o médico Castel Branco Silveira, sócio fundador desta associação, que reuniu em Assembleia geral esta segunda-feira para dar andamento a uma série de projectos, um dos quais a abertura de uma sede na cidade. O projecto nasce em Castelo Branco, para funcionar em todo o terreno do interior centro do país, uma das regiões mais envelhecidas do país. "Por este facto, existe maior predominância deste tipo de doenças, porque as pessoas vivem mais anos, por outro lado, não existem estruturas que apoiem as famílias", lembra ainda o médico. A ASPSI está integrada no projecto "Espaço Transfronteiriço sobre o Envelhecimento" (ETE), composto por quatro instituições, sendo duas espanholas e duas portuguesas. As doenças de Alzheimer e Parkinson, incluem-se nas prioridades deste projecto transfronteiriço. Outro dos objectivos passa por realizar um estudo sobre a predominância destas doenças na região do interior e pela construção de uma Unidade de Qualidade de Vida em Castelo Branco, onde os portadores destas duas doenças possam permanecer durante o dia. "Vamos começar a trabalhar neste projecto em 2012", garante João Silveira, presidente da ASPSI.

O projecto "Espaço Transfronteiriço sobre o Envelhecimento" (ETE), cujo Conselho Científico está em constituição, nasce como resposta à realidade social da zona fronteiriça entre Portugal e Espanha. Mas, para além disso, aborda um fenómeno sócio demográfico que tem vindo a alterar a imagem do mundo em que vivemos: o Envelhecimento da População. Fazem parte do projecto ETE a ASPSI - Associação de Apoio e Estudo às Psicognosis na Raia Central (Castelo Branco - Portugal), a Associação Humanitária de Doentes de Parkinson e Alzheimer (Tavira - Portugal), a Fundación General de la Universidad de Salamanca (Salamanca - Espanha) e o Centro de Referencia Estatal de Atención a Personas con Enfermedad de Alzheimer y otras Demencias del IMSERSO (Salamanca - Espanha). Esta parceria conta também, com o apoio da "Fundación Reina Sofía".

"Estando este projecto já aprovado pelas instâncias competentes em Portugal e Espanha, cremos que estão reunidas as condições necessárias para acreditarmos num projecto promissor para Castelo Branco e toda a região envolvente", explica o Presidente da ASPSI, João Silveira.

A Associação de Apoio e Estudo às Psicognosis na Raia Central (ASPSI), é presidida por João Silveira Carvalho, e reuniu em Assembleia Geral esta segunda-feira à noite. Os médicos Castel Branco da Silveira, Lourenço Marques e Dias de Carvalho, bem como Arnaldo Brás, vereador da Câmara Municipal de Castelo Branco e Nuno Almeida Santos, advogado.

 

Notícia disponível apenas na versão impressa do jornal e aqui transcrita. 

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